Cirurgia plástica com segurança máxima




É certo afirmar que atualmente fazer uma cirurgia plástica é muito mais seguro do que há décadas atrás. Os equipamentos são mais modernos, a anestesia oferece um risco menor de causar complicações e os médicos são mais bem preparados para qualquer eventualidade. Contudo, ainda existem procedimentos e comportamentos perigosos.

“Imagine-se atravessando uma avenida. Estando na faixa de pedestre, com o sinal vermelho para os carros e atenção à sua volta, é difícil que ocorra algum atropelamento. Mas se atravessar no meio dos carros, com o sinal aberto, ficará exposto a diversos riscos”, diz o cirurgião plástico Rogério de Fassio, especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade Brasileira de Laser.

1. Manter a saúde em dia
Antes de encarar a mesa de cirurgia, você precisa passar nos exames pedidos pelo médico e manter sob controle as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Fumantes também exigem cuidados. “A nicotina prejudica a circulação de sangue nos tecidos, favorecendo a má cicatrização. É preciso deixar de fumar pelo menos três meses antes e dois meses depois da cirurgia”, alerta o cirurgião.

2. Redobrar a atenção com os remédios
É fundamental procurar saber como os medicamentos de uso frequente interferem na cirurgia. “Existem fitoterápicos, como ginkgobiloba, cáscara sagrada e pílulas de alho, que podem aumentar o sangramento e trazer riscos para a paciente”, diz Rogério de Fassio. Tais produtos não precisam de receita médica para a compra e passam a falsa ideia de que são inofensivos.

Outro grupo importante é o das fórmulas de emagrecimento. A obesidade é um fator de risco para a cirurgia. Por esse motivo, diversas pessoas optam pelo uso desse tipo de medicamento para perder peso rápido e se adequar às normas de segurança pré-operatórias. “Outros comprimidos a serem evitados são: a aspirina, o AAS e alguns anti-inflamatórios, que alteram a coagulação do sangue. Já a isotretinoína, substância derivada da vitamina A e usada no tratamento da acne, pode mudar a síntese de colágeno na pele e, por isso, também atrapalha a cicatrização”, explica o especialista.

Por fim, há os anticoncepcionais. “O problema das pílulas e da reposição hormonal está no aumento da possibilidade de trombose. Ainda assim, na maioria dos casos, não se deve suspender o uso porque existem medidas eficazes para prevenir o problema, como o uso de anticoagulantes, meias elásticas e massageadores para as pernas”, completa.

3. Buscar referências sobre o cirurgião Por mais importantes que sejam as indicações feitas por amigos e outros médicos, não se restrinja a elas. Vale ir atrás de referências sobre a formação do cirurgião. Ainda que apenas o diploma de uma boa instituição não seja garantia de segurança máxima, é um dos fatores que se deve ficar de olho.

Outra medida importante é saber se o médico é especialista em cirurgia plástica. De acordo com a legislação brasileira, depois de concluir o curso regular de seis anos, o médico pode realizar qualquer procedimento. Ou seja, um médico que se formou ontem e não tem nenhuma expertise em cirurgia está legalmente habilitado a fazê-la. “Não é raro encontrar anúncio de médicos que se dizem especialista em medicina estética. Deve-se tomar cuidado,já que essa especialidade não existe”, alerta Rogério de Fassio.

Por isso, é imprescindível checar se o profissional tem registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, única entidade no Brasil que pode certificar médicos na área, atestando que cumpriram dois anos de residência em cirurgia geral e mais três na plástica.

4. Perguntar todos os detalhes
O lugar onde será feita a cirurgia também determina o nível de risco. Hospitais oferecem mais segurança do que clínicas. “É preciso ter, no mínimo, uma míni-UTI no local”, ressalta o cirurgião.

Mulheres que pretendem aumentar os seios também precisam se informar sobre a marca da prótese. “Pesquise o site do fabricante, verifique se é certificado pela Anvisa, veja se ele atua no mercado europeu ou norte-americano, busque o histórico da empresa para checar se há bons antecedentes”, orienta.

5. Não ir com muita sede ao pote
Todos os tipos de anestesia podem ocasionar problemas, seja local, peridural ou geral. “Porém, atualmente o choque anafilático é muito raro”, diz o médico. O problema é que, na ânsia da transformação, muitas mulheres acreditam que é uma boa ideia “aproveitar” para realizar vários procedimentos de uma vez.

Para manter a paciente desacordada por um longo período, é preciso aumentar a quantidade da substância anestésica – o que, claro, aumenta o risco. O tempo de cirurgia também não deve exceder a cinco horas de duração. Outro ponto contra é que, apesar de ser legalmente permitido tratar até 40% da superfície corporal e tirar até 7% do peso do paciente, quanto maiores as áreas ou a quantidade de gordura extraída no caso da lipoaspiração, maiores o risco de complicações. Há médicos que trabalham com metade desses limites, não ultrapassando 20 e 3,5%, respectivamente.

“Por isso, é fundamental ter acesso fácil ao médico e disponibilidade para voltar ao consultório ou ao hospital se ele recomendar”, afirma Rogério de Fassio. “Daí a importância de saber se o cirurgião que atende você no consultório é o mesmo que chefiará a equipe na operação”, recomenda. Ele saberá seu histórico e poderá tomar decisões mais acertadas, algo que nem sempre acontece nos consórcios de cirurgias plásticas.

6. Respeitar o pós-operatório
Uma das partes mais importantes do processo é seguir as orientações médicas depois da cirurgia. Parece óbvio, mas existem diversas pessoas que não seguem as recomendações à risca. “As recomendações sobre repouso, atividade física, exposição ao sol, direção de veículos, alimentação e uso da medicação e de cintas cirúrgicas também são critérios de segurança”, diz o cirurgião.

“Deixar de colocar em prática o que prescreve o médico pode abrir espaço para o surgimento de infecções, manchas, aderências, fibroses e problemas de cicatrização, o que, obviamente, vai interferir no resultado do procedimento”, finaliza.

Serviço:

Dr. Rogério de Fassio – Cirurgia Plástica

Endereços:

Tijuca


Rua Haddock Lobo, 369, sala 505.

Tel:
(21) 2203-2811

Barra da Tijuca

Avenida das Américas, 500, bloco 4, sala 243.

Tel
: (21) 2492-2656

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